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Do que são feitos os sonhos

Sim, talvez tenha a ver com isso. Com a minha definição de romantismo. De encontros. De amores. Dos perfeitos. Achei sempre que tinha a ver com partilhas. Com construções. Com desabafos. Com conversas apaixonantes. Sedutoras. Brincalhonas. Que há sempre uma grande história, um grande enredo, antes do culminar. Que fazem sentido. Que têm aquele "pequeno ponto no nariz". Que é no tempo que se faz o amor. No tempo da espera, dos espaços, das respirações, dos silêncios, da entrega. Da entrega recatada de um olhar, de uma pele quase demasiado perto, de um prolongar de qualquer coisa no ar, de um riso confidente.

Nos meus sonhos os grandes amores começam sempre a conversar....

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Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral

Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos". Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência. E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas. Espiral