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Acredito que há sempre algo, alguma coisa que nos impacta num momento qualquer das nossas vidas e influencia tudo o que iremos ser.

Não falo aqui de traumas, nem de experiências mais negativas. Também as temos mas agora foco-me nas positivas.

Como por exemplo, aquele momento em que percebemos que aquela pessoa é o nosso mentor. Ou que ouvimos algo que nos vai mudar para sempre. Não sei concretamente o que é, mas pode ser qualquer coisa para qualquer pessoa. Um  cheiro, uma música, um toque, uma pessoa, etc.

Sei perfeitamente o que foi para mim.

Tinha 11 anos, caixa-de-oculos, borbulhenta, tímida, sentido-me diferente de toda a gente (como todos os adolescentes se devem sentir), reservada, já com o feitio que me é próprio, e "infeliz" como só se é infeliz na adolescência. A minha professora de inglês deu-nos a ver dois filmes fantásticos. Mas num deles, quando ouço a professora daquele turma dizer "Que não há vítimas nesta classe" e que "Há sempre uma escolha" vincaram-se em mim como ferro em brasa.  Era demasiado sensível e demasiado vulnerável para não deixar de absorver de modo extremamente literal estas palavras. Que me moldou. Que para o bom e para o mau fez de mim quem sou. E não tenham ilusões. Não ajuda. Não me faz mais adaptada a este mundo. Não me faz ter menos medo, mais certezas, mais sucesso, mais segurança. Ironicamente, provavelmente faz todo o contrário.

Mas porra. mesmo somando tudo e dando negativo, é o que sou. E é com isso que tenho que viver.




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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s