Acredito que há sempre algo, alguma coisa que nos impacta num momento qualquer das nossas vidas e influencia tudo o que iremos ser.
Não falo aqui de traumas, nem de experiências mais negativas. Também as temos mas agora foco-me nas positivas.
Como por exemplo, aquele momento em que percebemos que aquela pessoa é o nosso mentor. Ou que ouvimos algo que nos vai mudar para sempre. Não sei concretamente o que é, mas pode ser qualquer coisa para qualquer pessoa. Um cheiro, uma música, um toque, uma pessoa, etc.
Sei perfeitamente o que foi para mim.
Tinha 11 anos, caixa-de-oculos, borbulhenta, tímida, sentido-me diferente de toda a gente (como todos os adolescentes se devem sentir), reservada, já com o feitio que me é próprio, e "infeliz" como só se é infeliz na adolescência. A minha professora de inglês deu-nos a ver dois filmes fantásticos. Mas num deles, quando ouço a professora daquele turma dizer "Que não há vítimas nesta classe" e que "Há sempre uma escolha" vincaram-se em mim como ferro em brasa. Era demasiado sensível e demasiado vulnerável para não deixar de absorver de modo extremamente literal estas palavras. Que me moldou. Que para o bom e para o mau fez de mim quem sou. E não tenham ilusões. Não ajuda. Não me faz mais adaptada a este mundo. Não me faz ter menos medo, mais certezas, mais sucesso, mais segurança. Ironicamente, provavelmente faz todo o contrário.
Mas porra. mesmo somando tudo e dando negativo, é o que sou. E é com isso que tenho que viver.
Não falo aqui de traumas, nem de experiências mais negativas. Também as temos mas agora foco-me nas positivas.
Como por exemplo, aquele momento em que percebemos que aquela pessoa é o nosso mentor. Ou que ouvimos algo que nos vai mudar para sempre. Não sei concretamente o que é, mas pode ser qualquer coisa para qualquer pessoa. Um cheiro, uma música, um toque, uma pessoa, etc.
Sei perfeitamente o que foi para mim.
Tinha 11 anos, caixa-de-oculos, borbulhenta, tímida, sentido-me diferente de toda a gente (como todos os adolescentes se devem sentir), reservada, já com o feitio que me é próprio, e "infeliz" como só se é infeliz na adolescência. A minha professora de inglês deu-nos a ver dois filmes fantásticos. Mas num deles, quando ouço a professora daquele turma dizer "Que não há vítimas nesta classe" e que "Há sempre uma escolha" vincaram-se em mim como ferro em brasa. Era demasiado sensível e demasiado vulnerável para não deixar de absorver de modo extremamente literal estas palavras. Que me moldou. Que para o bom e para o mau fez de mim quem sou. E não tenham ilusões. Não ajuda. Não me faz mais adaptada a este mundo. Não me faz ter menos medo, mais certezas, mais sucesso, mais segurança. Ironicamente, provavelmente faz todo o contrário.
Mas porra. mesmo somando tudo e dando negativo, é o que sou. E é com isso que tenho que viver.
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