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Com o devido atraso...

- O "Caim" é uma seca. Faltam-me 20 páginas e é uma seca. O Saramago lá pelo meio da sua degustação de ódio á igreja perdeu o dom todo que tinha (venero o Memorial do Convento) e agora só escreve moralidades aka banalidades, lá na maneira (anteriormente) original como ele escrevia. E que tal voltares aos bons livros? Hum? Hum?

- O final de Lost é um desânimo. Sinceramente, eu que via a série com mediano interesse, só vi a última temporada mesmo porque era última porque aquilo ainda baralha mais, e o final tá mesmo "oh-meu-deus-quisemos-ser-tão-espertos-e-meter-física-quântica-misturada-com-símbolos-religiosos-e-já-agora-para-apimentar-um-bocadinho-de-paranormal-e-porque-não-reencarnação-e-agora-ja-não-sabemos-que-volta-dar-por-isso-bora-lá-fazer-um-final-bonitinho-em-que-voltam-todos-à-vida-e-fazer-crer-que-tá-pensado-há-imenso-tempo."
Para a próxima tem que receber umas aulinhas sobre as diferenças entre simples e simplista e entre profundo e pseudo-intelectualoide. Volto aos Dexters e Californications e Sete Palmos de Terra desta vida. E também aos Sex and the Cities =D

- Começo a achar que vivia lindamente sem um primeiro grande "qualquer coisa". Também é um desânimo. E uma seca. Digo mais mal disto do que de escritores e de séries. A sério.

Espiral

Adenda acerca de Lost: Afinal não-voltam-todos-à-vida; afinal morreram mesmo. digam todos "ohhh".

Comentários

André disse…
se eu exasperei no memorial do convento, imagino com o Caim...

Quanto ao lost perderam-lhe a direcção no começo da quarta temporada, se por um lado nada supera o Dexter, por outro gostares do Sex & the city...NÃO!
Espiral disse…
André.

Realmente Saramago é uma leitura diferente no mínimo.

Quanto às séries, nada a fazer, adoro Dexter, e gosto de Sex & the City, acho piada =) Mas não sou daquelas pessoas viciadas. Simplesmente tem piada e pronto =)
Ginger disse…
Epá... tanta coisa.

Ora bem.

Estou a gostar do Caim. Muito. Acho que Saramago tem um sentido de humor assim para o brilhante.

Quanto a LOST, vi desde o início... quando vi o final gostei... depois não gostei... depois detestei e depois passei-me. Até que entendi a simplicidade da coisa. O que chateia as pessoas é mesmo um fim tão simples num enredo que era tão complexo.

E pronto.


Dexter... well... não tenho verdadeiramente palavras para aquela série. É simplesmente magistral.

Sex and the City já fede. Já não posso com as malas e as roupas e os sapatos e a p@rra do glamour. Mal por mal, prefiro Desperate Housewifes.


Nice blog ;)

*
Espiral disse…
Gingerbread Girl,

Entendo perfeitamente quem gosta de Saramago. A mim só me cansa e já acho batido ele sempre a falar da igreja e assim....

Lost, eu como não era admiradora incondicional não me afectou por aí além o final. E lá está a diferença entre as pessoas que acham muito bom, é que eu não achei um final simples, mas sim simplista. Não me convenceu.

Dexter ao poder =) (Juntamente com Hannibal é o meu vilão favorito.)

Sex e a Cidade é aquilo que é. Uma caricatura do que (algumas mulheres) desejariam ser. Não tem muito a ver comigo. Mas tem uma certa piada. Apenas isso. =)

Obrigada pelo elogio*
Angie disse…
Todos morremos, não é Espiral? Faz parte da coisa... Para mim foi tal e qual como com a Gingerbread Girl. Amei, reflecti, comecei a gostar menos e menos e menos ao ponto de ficar estupidamente zangada. Por final, percebi. E fiquei em paz. Foram 6 anos a ver e a amar Lost... Mas já disse por fim: "See you in another life, brotha!!".

Gosto do desconcertante que pode ser o pensamento de Saramago. Comecei pelo "O Homem Duplicado", o último livro dele na altura. Tive acesso ao primeiro "A Terra do Pecado" que NÃO de todo é actual Saramago. Depois "As Intermitências da Morte". Ainda tentei "O Ensaio sobre a Lucidez" e "O Evangelho segundo Jesus Cristo" mas não são para mim. Possivelmente o "Caim" tampouco. Troco-o pelo "Ensaio sobre a Cegueira" ou pelo "Memorial do Convento".
Angie disse…
*NÃO é de todo
Espiral disse…
Angie,

Em relação ao final de Lost, não consigo mudar de opinião. Percebo a ideia, mas não me encanta.

De Saramago, lá está, também gosto do pensamento desconcertante dele e gostei muito mesmo do "Memorial do Convento" e também do "A Caverna" mas odiei o "Homem Duplicado" e o "Ensaio sobre a Cegueira desiludiu-me".

Em relação a "Caim" e ao "Evangelho segundo Jesus Cristo", o primeiro, boring, o segundo fez-me lembrar Monty Python, mas em mauzinho....

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s