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Queridas Parcas...

Vocês adoram receber notícias minhas.
Portanto aqui vai:

Obrigado por fazerem ao longo do meu caminho imensas covas, altos e baixos e estradas sem saída.
Obrigada por ao quererem ser originais fugirem de:

- caminhos sem muitas descidas nem subidas, largo, sem buracos, daqueles que é sempre a crescer rumo à felicidade; ou trocando por miúdos, me terem feito tipo aquelas pessoas que mais tarde ou mais cedo encontram o tal ou a tal e aquilo corre bem e felizes para sempre ou até quando tem que ser (sou romântica mas realista)

- caminhos largos cheios de pontos de chegada e de partidas e com imensas rectas de alta velocidades, ou, trocando por miúdos, eu ser daquelas pessoas que o que importante é viver a vida, amor é bom, mas primeiro tá as viagens e as experiências, e mochila às costas que o mundo é nosso, e sou feliz e super mega preenchido e não preciso do amor para nada oh yeah.

Sim parcas obrigadíssima, por não fazerem de mim animal "fada-do-lar-casa-e-cães" e também não me fazerem "mochila-às-costas-que-o-mundo-é-meu" e já agora nem um animal "sexo-sem-sentimentos-é-do-melhor-e-faz-bem-à-saudinha".

Obrigada por terem condensado 1 tonelada de emoção com uma dose considerável de complicação e uma dose média de "sorte marreca" juntamente com um "feitio especial" (vulgo mau feitio, ou como diz o meu querido primo "tu tens opiniões, isso é grave defeito").

Obrigadinha por me terem feito assim, a exponenciar e a dissecar tudo o que sinto e a ter esta particularidade parva de nunca mas nunca mentir a mim própria.

Às vezes dava jeito.





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Do que vale a pena (só sei falar sobre amor)

As pessoas não fazem ideia, não sonham, não pressentem.... Mas em termos emocionais sempre tive uma sorte avassaladora. Sim independentemente, de tudo, a sorte, o timing é fundamental e crucial. Nós apenas jogamos com as cartas que a vida nos dá. E eu tenho/tive uma sorte avassaladora. Porque amei demais, sofri demais, porque mesmo quando perdi, ganhei muito. Porque tive hipóteses, porque tive esperanças, porque me expus, porque nunca, mas nunca me acobardei. Porque tive medo, muito medo. Porque tive coragem. Porque foi sempre vulnerável e sincera. Porque sei a diferença entre perder a dignidade e perder o orgulho. Caramba não sei mesmo explicar como certas experiências são tão enriquecedoras. Quem toca o céu nunca volta ao seu ponto original. E caramba em termos estatísticos ainda tenho mais de metade de uma vida para viver.