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Há coisas que vão sempre doer. Especialmente se estiverem perto. Especialmente se estiverem sempre longe, e se, sem muito aviso chegam perto. E não, nada compensa. 
Às vezes preferia não ter os crescimentos de alma que tive e que tenho. Os arranques do crescimento são dolorosos. Algo me diz que tenho agora uma alma maior do que o que consigo suportar. E isso doí. E era tão bom poder continuar com um coração grande. E não o sentir pequeno, pequeno. O meu coração não cresce da mesma maneira que a minha alma. Ele expande-se, contrai-se e não faz isto propriamente ao mesmo ritmo das convulsões que abalam a minha alma.Tenho o secreto medo de que o meu coração tenha diminuído. É por isso que a dor parece tão grande, tão forte, e ao mesmo tempo tão cálida, tão "suportável" só porque estará sempre ali. 


Tenho o secreto medo de que esta dor tão grande, tão abstracta tão igual ao que já foi e ao que é, permaneça.. e que não haja nada que chegue e num repente, ou de mansinho, a arranque ou a transforme... 


...Em quê?... 


(reflexão baseada neste post )

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

IMORTALIDADE

 Eu ria-me, sem maldade, mas incrédula. Era tão ingénua, ignorante. Ria-me dos que sofrem através dos tempos e dos espaços. Zombava dos que nas sombras tremem e anseiam, dos que se preocupam, mesmo sem papel, sem drama, sem protagonismo. Há um lado meu que ainda ruge ao ouvir o teu nome, que se sobressalta ao pressentir as tuas angústias, que te quer dar colo na possibilidade de estares triste, zangado ou só.   Por outro lado, sinto o ferro do fracasso e o peso húmido da banalidade nos olhos.  A humilhação do desperdício congelado. Ali, nu, para quem quiser ver. Sinto os meus risos nos ouvidos uma e outra vez. Mesmo que grite, num murmúrio, saber de que nada tenho de me envergonhar. Inspiração: "Tu foste o meu erro mais bonito"