Eu ria-me, sem maldade, mas incrédula. Era tão ingénua, ignorante. Ria-me dos que sofrem através dos tempos e dos espaços. Zombava dos que nas sombras tremem e anseiam, dos que se preocupam, mesmo sem papel, sem drama, sem protagonismo. Há um lado meu que ainda ruge ao ouvir o teu nome, que se sobressalta ao pressentir as tuas angústias, que te quer dar colo na possibilidade de estares triste, zangado ou só. Por outro lado, sinto o ferro do fracasso e o peso húmido da banalidade nos olhos. A humilhação do desperdício congelado. Ali, nu, para quem quiser ver. Sinto os meus risos nos ouvidos uma e outra vez. Mesmo que grite, num murmúrio, saber de que nada tenho de me envergonhar. Inspiração: "Tu foste o meu erro mais bonito"
Comentários
Paula Milani *
E que diria isso da minha vida amorosa? Não me parece que seja o meu estilo. lol
Que disciplina e motivação não podem faltar. E que teriam de ter boa gestão do tempo e do ambiente.
Paula *
Tu transcendes-me muitas vezes. Este foi um dos casos lol =) Explica-te rapariga!
O que eu quis dizer é que há sempre uma solução: se não tens emprego, continuas a ser tu própria e a fazer o que queres fazer.
Foi uma brincadeira de equivalências a falar a sério :)
Bjs **
Paula
O que queremos... se o que queremos dependesse só de nós =)
Bom tópico... Estou a pensar...
É certo, não depende só de nós.
Mas pode depender de nós encontrarmos ou deixarmo-nos encontrar pelas pessoas que querem a mesma coisa. Ainda não sei como.... Mas eu vou descobrir.
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Paula