Eu ria-me, sem maldade, mas incrédula. Era tão ingénua, ignorante. Ria-me dos que sofrem através dos tempos e dos espaços. Zombava dos que nas sombras tremem e anseiam, dos que se preocupam, mesmo sem papel, sem drama, sem protagonismo. Há um lado meu que ainda ruge ao ouvir o teu nome, que se sobressalta ao pressentir as tuas angústias, que te quer dar colo na possibilidade de estares triste, zangado ou só. Por outro lado, sinto o ferro do fracasso e o peso húmido da banalidade nos olhos. A humilhação do desperdício congelado. Ali, nu, para quem quiser ver. Sinto os meus risos nos ouvidos uma e outra vez. Mesmo que grite, num murmúrio, saber de que nada tenho de me envergonhar. Inspiração: "Tu foste o meu erro mais bonito"
Comentários
(no meu caso seria uma leoa, ou dando sentido é entidade digital, uma loba, onde nem a letra do alfabeto grego teria grande importância)
(acabei de me lembrar que se calhar, tal como uma das personagens do filme, devia por isto como anuncio num jornal. a cabeça pensante que me entendesse teria mais probabilidades de saber lidar com o resto. ok, vou-me restringir a ver filmes.)
Mas sou o Tom versão gaja, nada a fazer =/
E parte das expectativas vs realidade tá muito bem feita ah ah ah (eu tenho um humor muito negro...)
A Summer é um bocadinho parecida comigo aqui há uns tempos (e, provavelmente, de volta..) Tu tinhas de ser o Tom, todo "macho man", claro ;)