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Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2013

Eu aleatoriamente

Por exercicio mental, por encorajamento, porque me apetece, cá vai 7 fatos aleatórios sobre mim (ok, não tão aleatórios mas ok) - Das coisas que mais adoro no mundo é ilustração, tanto que até me esqueço, mas inconscientemente procuro-a em todo o lado. Por estranho que pareça não tenho nenhum livro de ilustração. Mas o meu mais recente desejo é este:  http://www.conradroset.com/portfolio/49/ensuenos. - Sou muito resistente à mudança, tenho medo que as coisas corram mal, que fique diferente, acho mesmo que sou meio cobarde; ironicamente sou também a pessoa que conheço mais adaptável quando chego a algum lado e consigo sempre encontrar coisas boas (o pior é o antes) - Tatuagens vicia mesmo e se não fosse por motivos puramente racionais fazia muitas mais; mas como não me quero arrepender pondero muito; a próxima sei o que será, não sei é quando nem onde. A que tenho agora preenche-me de um modo que nenhuma outra conseguirá. - Uma das minhas maiores limitações são as consequênc...

Ego em fragalhos mas com o mau feitio sempre duro de roer

Adoro as pessoas que acham que só elas é que são os dinossauros da blogosfera ou que isso lhes confere algum estatuto. Que me lembro ando nisto há 12/13 anos (sim tive outros blogs, sim nunca foram conhecidos, sim, quero lá saber), era uma adolescente borbulhenta, de óculos, aparelho e com a ideia que o mundo era cruel para mim e já andava cá a dar um ar da minha graça. Eu não mudei muito, os óculos passaram a lentes, os dentes estão ligeiramente melhores mas a pele de merda e a ideia que o mundo é mesmo cruel, apesar não só para mim, continuam por aqui. E infelizmente gente parva, saloia e arrogante também não se foram embora nos entretantos.

Meninos

Acho uma certa graça ao pessoal que acha que este um temporal imenso e que ouvia "um barulho horrivel em casa". Experimentem ir acampar (não havia hipotese de trocar; era fim de semana de campo dos recrutas da CVP da nossa Unidade)  para uma zona com alerta vermelho. Árvores arrancadas a 50  metros do local do acampamento é que é. E a manhã de sábado à chuva a tentar que as tendas não voassem. Nota: Nunca ninguém esteve em perigo.  Muitos profissionais no terreno habituados a este tipo de condições e obviamente as condições de segurança estavam asseguradas (ninguém dormiu nas tendas de campanha por exemplo). Agora a trabalhar com duas de sono (que os Prontos ficam mais podres que os recrutas).

Eu

Às vezes acho que mudei muito. Estou mais velha. Cínica , que não era. Menos ingenua. Mais tolerante. Com menos certezas. Que os meus valores mudaram. Que realmente deixei partir coisas de que gostava em mim e que não voltam. Que me tornei mais interesseira, mais egoísta, menos dada, menos generosa, menos altruísta, mais hipócrita. E isso mata-me. Perde-me. Choro por dentro (por fora é um bocado por fases). Mas depois lembro-me dos confrontos que enfrentei e que nunca pensei que conseguisse. Dos momentos díficeis. Dos momentos bons que valorizo. Das imagens que vejo e em que me reconheço. E percebo. Independentemente de tudo, dos desgostos, do desencantamento, sobretudo do desencantamento, eu sou eu. (É, eu sou essa da imagem, mas menos gira e com cabelo feio e sem a tatuagem ali mas noutro sítio. mas sou eu.)

Bruxas de Salem

Odeio aquilo que, no momento, as redes sociais, blogs e todo o universo social digital representam Um lichamento público, abrangente, cruel e, infelizmente, anónimo na sua enorme massa de humanidade. Isto é sobre a Pepa em dosagem pequena, mais mais que isso é s obre o caso grave de coação feita à pessoa que com todo o direito se recusou a ser dadora de medula. Para quem não leu as letras pequenas, ou não percebe o conceito de "voluntário" ninguém é obrigado a dar mesmo quando é compatível com alguém. E isto é um direito independentemente da opinião de cada um.  As pessoas são más, especialmente quando se armam em falsas puritanas e com falsas bondades. Cobardes. Odeio a humanidade neste momento. (Nunca dei muito crédito a ela é um facto.)

Resoluções de ano novo

A única que fiz foi perder os 7 kilos que ganhei este ano. De vez. Não com dietas malucas, mas com uma reorganização alimentar. Nestes primeiros dez dias retirei fritos da alimentação, restringi hidratos (como duas doses por dia) e o principal, retirei os bolos e os chocolates que comia diariamente (e diariamente não é exagero). Como a ideia é ser uma reorganização alimentar não é extremista: Comi 5 quadradinhos de chocolate de leite no terceiro dia (o pior dia) e ontem a noite em casa de amigos comi um risotto de cogumelos e espinafres fantástico. Custa. Especialmente o chocolate. E bolos. Mas é mesmo assim. Não sei se irei conseguir perder os 7 kilos. Mas já há pontos positivos a retirar destes 9 dias: - Já me habituei a comer duas peças de fruta por dia (a meio da manhã e ao lanche); eu nao comia fruta nenhuma. - Já como menos à noite, que era quando era uma verdadeira trituradora; - Já como doses mais reduzidas (eu como, por norma, mais do que a maioria dos homens que comem...

Livros

Estou a desenvolver uma tara recente por livros de cozinha. Apetece-me comprar todos, e mais este e mais aquele e especialmente de chocolate. Tenho que me centrar e lembrar que de sobremesas já tenho muitos; se calhar convém mais comprar de pratos peixes e carnes. Mas e os livros de receitas de chocolates tão lindos???

Autores portugueses

Para mim, ninguém escreve sobre o amor como os autores portugueses: Simples, terreno e pungente. Real. (Depois de ter lido o Intermitências da morte de Saramago, e sentir sempre que, independentemente de gostar mais ou menos dos seus livros devido ao contéudo demasido moralista, obsoleto, enviesado e pouco aprofundado, mas muitas vezes genial pelo tipo de escrita, fico deslumbrada com a parte do romance por mais singela que seja.)

Frases

"If you love two people at same time, choose the second one. Because if you really loved the firts one, you wouldn't have fallen for second.  (Johnny Deep)  Discutível. Mas no fundo de mim há um bocadinho que concorda muito.

Resumo de 2012

Ano em que me descobri mais mulher. Ano em que me descobri mais adulta. Ano em que mudei de trabalho, de crenças, de amores. Ano de aprendizagem, pessoal e profissional. Ano que ainda não percebi bem o que me deixou. Ainda não sei lidar com lutos. Ainda não sei lidar com confrontos. Ainda me esqueço que tenho que dar tudo de mim a todo o momento. Se não não sou eu. Nunca me esqueço que vivo incessantemente com o coração nas mãos. E que tropeço a cada passo.

Quando não sabemos o que escrever copiamos de quem o faz melhor

"Ser radical em relação às coisas essenciais e tolerante no que respeita aos acessórios (a boa literatura é essencial; acreditar na virgindade da Maria, um acessório - é só um exemplo) Lembrar-se que Deus protege os audazes (mas só os audazes que aguentem levar porrada nos intervalos - que podem ser longos) Não esquecer nunca que o miserável que dorme na rua ao lado de casa podíamos ser nós, e poderemos vir a ser nós (as criaturas que estão convencidas que controlam a sua vida encontram-se num nível inferior da cadeia alimentar) Não acreditar em nenhum crítico literário que, numa prova cega, se mostre incompetente para reconhecer um bom texto Desconfiar de todos aqueles que são incapazes de se comover com As Pontes de Madison County Suspeitar dos que falam mal da Margarida Rebelo Pinto mas não conseguem ver a diferença entre Anna Karenina e uma história de faca e alguidar, no caso improvável de terem lido Anna Karenina Ter por garantido que as Humanidades não humanizam e qu...