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Ao menos é mais literário

Duas pessoas. São almas gémeas mas não sei se sabem. Conhecem-se quando ainda são jovens e belos e ainda pensam que aguentam todas as dores do mundo. Quando ainda não conhecem um milésimo das dores do mundo. Amam-se, choram-se, acarinham-se, ofendem-se, matam-se um pouco. Fazem algumas cicatrizes. Muitas. Magoaram-se. Demasiado. Talvez não se mereçam. Talvez não mereçam. Talvez já não sejam almas gémeas. Mas têm fé.


ou

Duas pessoas. São almas gémeas. Elas sabem. Mas não são jovens (em corpo e/ou espírito e/ou coração). Já sentiram muitas das dores do mundo. Duvidam que aguentem mais (apesar de aguentarem). Andaram sempre desencontrados mesmo quando as suas vidas se cruzaram. Ele na vida dele. Ela na dela. Também já magoaram e já foram magoados. Choraram e fizeram chorar. São almas gémeas. Mas não sabem se ainda merecem. E se é possível passar por tudo aquilo que uma vida escreve no corpo e na alma da gente. A fé é para os caloiros.


A maioria das pessoas prefere a primeira história. Romeu e Julieta ou afins. Não está bonitinha porque obviamente já estão lá os meus juízos de valor. Mas se estivesse a maioria preferiria. É mais bonita. Mais redentora. Mais propicia à felicidade.

Eu prefiro a segunda. Mas está arranjada e bonitinha. Não simpatizem assim tanto com eles porque eu os coloquei bonitos. Não são bonitos. E fizeram tanta ou mais merda que os primeiros. Simplesmente são diferentes.


E pronto, era só isto que tinha para escrever.

Espiral


Comentários

Vegan Wolf disse…
Sim, a segunda história...
Poetic Girl disse…
Acho que me enquadro na segunda história, minha vida tem sido feita de desencontros, bjs
Espiral disse…
Poetic GIRL,

A ideia que tenho é que quase toda a gente tem uma das duas histórias ou ambas.

Espero que haja um encontro para ti. A minha preferência pela segunda história prende-se com o facto de ter mais fins e mais escolhas.

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s