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Mau feitio pois

Irrita-me psicólogos com "voz de psicólogo". Irrita-me a entoação "somos-todos-humanos-e-com-fraquezas-e-forças-e-vamos-lá-dar-as-mãos".

Por isso irrita-me ouvir o Eduardo de Sá e o outro parvo que agora não me lembro o nome, há espera, é o Júlio Machado Vaz, mas que para justificar cada palermice que diz na rádio manda a boca do "isto não sou eu que digo, é tudo científico", quando tudo o que ele diz não tem ponta de racionalidade nenhum quanto mais de ciência.

E lamento se tem um currículo fantástico, e se calhar até são bons no seu dia-a-dia. Mas deviam ter mais cuidado com o que dizem na rádio. Não falam para especialistas.

Espiral

Comentários

outra psicóloga disse…
eduardo sá AAHHHHHH

(acho que se percebe a ideia)
Espiral disse…
Outra psicóloga

Se o AHHHH foi de terror, percebi perfeitamente. Se foi de assédio já não percebi muito bem....
Rui disse…
Sim, esse tipo de gente é completamente insana...e submetes as tuas viagens de carro a essas esfregas..? :)

Por exemplo, a grande inspiração e modelo existencial do Júlio Machado Vaz é o Alfred Kinsey, o fundador da sexologia.
Que, como se sabe, falsificou toda a sua investigação científica. Entre outras coisas, usava amostras de ofensores sexuais e prostitutas para estudar e tirar conclusões sobre a sexualidade adulta normal.
E, no que diz respeito à suposta sexualidade infantil, os actos deste Kinsey já estiveram mais na área da criminalidade borderline, já que pagava a pedófilos para lhe darem checklists preenchidas, com o registo dos 'comportamentos sexuais' das suas vítimas. E foi assim que fez os seus estudos sobre 'desejo na infância', 'orgasmo infantil' e todo esse tipo de invenções.

Mas é "ciência", porque vem em textbooks e milhares de psicólogos e sexólogos não contestam o 'consenso'. Portanto, é ciência. Certo? Errado.
Anónimo disse…
O Júlio Machado Vaz não é psicólogo.

A propósito daquilo que não se gosta em psicólogos: eu não gosto de os ver assumir posições pessoais em espaços públicos, espaços estes em que muito facilmente não se distingue o pessoal do profissional, e posições que, não raras vezes, envergonham a simples condição humana. Nem falemos, então, da classe profissional a que pertencem.

Sugiro, à psi deste blog, a leitura sobre "racional" / "racionalização"- mecanismo de defesa. Já agora umas leituras a respeito da "angústia" também era capaz de não fazer mal algum. Isso e uma terapia à séria. Mesmo que de orientação cognitivo-comportamental, se feita por profissional à altura, era capaz de ser boa ideia.
Espiral disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Espiral disse…
Anónimo:

Eu sei que o Júlio Machado Vaz não é psicólogo; contudo utiliza várias vezes teorias de psicologia para exemplificar o que diz. E algumas vezes de maneira muito errada.

A minha posição pessoal em relação a ele é neutra. Em termos profissionais em relação aos argumentos que usa é negativa.

Como disse, não faço ideia de como ele trabalha no dia-a-dia. Acredito que seja um bom profissional. Mas quando se expõem a nível público dando opiniões acerca do que as pessoas lhe dizem por carta, e o faz de um modo que considero,muitas vezes inconsequente, então sim, falo sobre isso.

Obrigada pelo aconselhamento acerca das leituras que propõem. Já foram feitas muitas delas (a nível académico, interesse pessoal ou profissional).
Em relação a precisar de uma "terapia à séria", agradeço o conselho mas não preciso.

Agora, de resto, se não percebeu o que eu quis dizer, lamento. Não percebeu a parte da piada (voz de psicólogo) nem a parte séria (cuidado com o que se diz a leigos sem preparação).
Anónimo disse…
Mais grave do que "leigos sem preparação", são os formalmente habilitados sem preparação.

Quanto ao que percebi ou não, ou facilmente se depreende, fica à consideração de quem lê o patente, e o latente. Este post+comentários, os seus outros posts e comentários feitos blogosfera fora.

E sim percebe-se. Muito bem. Então por quem é formalmente habilitado, e, mais do que qualquer outra coisa, preparado, nem lhe digo, nem lhe conto. E olhe que não por "curriculo fantástico", mas por carreira, construída a pulso, e cujos progressos estiveram a escrutínio das mais variadas personas worldwide.

Vá além do patente.

E assim me retiro, até porque se antevê rios de fel a ser destilados a qualquer instante. E sim, "fel", de maneira a que leigos e não leigos entendam.
Espiral disse…
Anónimo,

Não tenho por norma destilar fel.
O único fel que vejo parece vir de si, nas entrelinhas do que diz que eu comento ou escrevo. E o facto de achar que sou "habilitada sem preparação".

Mas, é livre de ter a sua opinião.
Tanto é, que não modero caixa de comentários, e considero até importante responder-lhe. O facto de ser anónimo não me assusta, nem acho que por o fazer dessa forma(alguma razão há-de ter) merece menos consideração que os outros que aqui falam e a que dou feedback.

Ainda bem que tem uma boa carreira e com o valor maior de ser construída a pulso (que é das coisas que dou mais valor).

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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s