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A minha inspiração está de sabática. Ainda bem que a dos outros não.

Achamos sempre que temos de demonstrar piedade onde ela não existe e amor onde só restam as memórias. Achamos sempre que as elasticidades emocionais sabem a cetim e que nunca nos esbofeteiam em cheio o coração. Somos todos terrivelmente neutros, terrivelmente vazios de maresias e de movimentos excessivos. Retraímo-nos em nós e no tempo que não queremos gastar, mas que acabamos sempre por deitar fora. Caímos e vamos embora vezes e vezes sem conta só porque nos sabe pela vida regressar. Só porque as saudades, ainda que nos pareçam sempre fardos demasiado pesados, são das poucas coisas capazes de nos fazer sentir vivos. No fundo, gostamos delas. Gostamos delas sem que tenhamos tempo de contar a verdade a nós mesmos, sem que digamos a alguém as certezas que nos abraçam a alma e a forma árdua como gostamos das pessoas sempre que as sentimos. Creio que oscilamos entre extremos que se repeliam e que se amam como se nada mais belo neste mundo existisse. Somos brincadeiras em assuntos sérios e sabemos sempre como triturar os laços sentimentais. Sabem, passamos demasiado tempo das nossas vidas a ser os nossos próprios inimigos.



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Sobre "a nossa alma a desatar"

Sempre Para Sempre Há amor amigo Amor rebelde Amor antigo Amor da pele Há amor tão longe Amor distante Amor de olhos Amor de amante Há amor de inverno Amor de verão Amor que rouba Como um ladrão Há amor passageiro Amor não amado Amor que aparece Amor descartado Há amor despido Amor ausente Amor de corpo E sangue, bem quente Há amor adulto Amor pensado Amor sem insulto Mas nunca, nunca tocado Há amor secreto De cheiro intenso Amor tao próximo Amor de incenso Há amor que mata Amor que mente Amor que nada, mas nada Te faz contente, me faz contente Há amor tão fraco Amor não assumido Amor de quarto Que faz sentido Há amor eterno Sem nunca, talvez Amor tão certo Que acaba de vez Há amor de certezas Que não trará dor Amor que afinal É amor, Sem amor O amor é tudo, Tudo isto E nada disto Para tanta gente É acabar de maneira igual E recomeçar Um amor diferente Sempre , para sempre Para sempre (Donna Maria) Espiral

Voltei mesmo?

 A minha vida vai dando voltas e voltas e escrever que é parte do que sou desce nas prioridades. Despedi-me e em Maio comecei um novo desafio profissional. Menos estabilidade mas mais valorização e autonomia a vários níveis. Quero ensinar ao meu filho que não pode ter medo de correr atrás do que o pode fazer feliz, mas mais importante, não ficar onde está infeliz, pensado que os ses tem significado. Emocionalmente e profissionalmente. Ser mãe é maravilhoso. O sorriso do meu filho preenche recantos da minha alma que nem sabia que existiam. É uma banalidade, mas conto pelos dedos da mão as vezes que senti isto na vida desta maneira. Agora basta o sorriso dele todos os dias. Tornei-me uma pessoa mais confiante desde que sou mãe. Também mais empática. Melhor não sei. Mas mais focada no que é realmente importante.  Mas no entanto... escrever faz-me falta. Deixar sair o que me vai na alma, nos anos, na memória, na criatividade, no desejo incontrolável de controlar emoções, contraditório eu s