Repete ela baixando os olhos. Sorri, sorriso aberto, alegre, mentiroso. Não é relevante. Os olhos que vagueiam sem fixar nada mostram que It's not a big deal. Quase parece verdade. Voz forte, viva, implacável. O que escondes? Porque vestes essa armadura? Não há nenhuma luta a travar. It's not a big deal. Repetes como um mantra que te convencerá. Quase quase me convenço. Dura. Fria. Mas quando ela não olha eu olho. E vejo os olhos que se fecham com força, as mãos tensas que agarram a mesa e a respiração que quase se sufoca até sair num suspiro. It's not a bid deal. Vês que olho para ti. Sorris e dizes uma piada idiota. Idiota.
Eu sei que o que vou dizer é contra todas as regras subjacentes a estrelas cadentes, a pulseiras de nossa senhora do raio que o parta e de todas as velas de bolo de aniversário trincadas, mas a sério, pedir desejos, sonhos, enfim, algo que supostamente não está nas nossas mãos e iremos deixar nas mãos do destino, é algo que acabei de perceber me ultrapassa. Ou então é o destino que se está a lixar para os meus desejos pessoais. É justo. Eu e ele nunca tivemos lá grande relação. De certeza que tem gente muito mais simpática para ele. Portanto, resolução tomada: nunca pedir desejos a pulseiras, velas ou estrelas que não dependam única e exclusivamente de mim. Antes Depois E que me desculpem caso me voltem a dar pulseirinhas destas. Não uso, ou então faço desejos do género "espero lavar os dentes amanhã de manhã" ou "desejo que amanhã haja um anoitecer". Tenho dito Espiral
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